Apropriação de saberes, Ciência Tecnologia e Sociedade, Cidadania, Comunidades tradicionais, Conhecimento

Universidade Pés Descalços – construída e gerida por pobres e para os pobres!

Em Rajasthan, na Índia, Sanjit Bunker Roy foi o fundador do Barefoot College – a Universidade Pés Descalços – que ensina mulheres e homens do meio rural (muitos deles analfabetos) a tornarem-se Engenheiros Solares, Artesãos, Dentistas e Médicos nas suas próprias aldeias. Esta é a história de um homem rico e da mais alta elite na Índia que, contrariando seus pais e a sociedade, escolheu trabalhar com os ”pobres” (os excluídos) e educá-los na ”Universidade da Vida”, ajudando-os a tornarem-se comunidades autossuficientes!

O empreendedor social indiano, Bunker Roy, nasceu em “berço de ouro”, filho de família da mais alta elite indiana, foi criado nos melhores colégios e formado pelas melhores e mais caras Universidades, mas cansou-se de ver tanta injustiça e as pessoas sendo negligenciadas, excluídas e desconsideradas na sociedade. Bunker Roy resolveu rejeitar a vida privilegiada que sua família lhe tinha planejado e foi viver em uma aldeia a fim de experimentar a “vida dos pobres”.

Para compartilhar com os amigos e difundir este exemplo de lição de vida a ser seguido, disponibilizamos link do vídeo “Bunker Roy – Aprendendo com os pés descalços“‘ – Legendado em Português

http://vimeo.com/m/34484169

A Universidade Pés Descalços é um espaço destinado a ensinar mulheres e homens do meio rural a tornarem-se Engenheiros Solares, Artesãos, Dentistas e Médicos nas suas próprias aldeias. Hoje atua como uma ONG que tem como objetivo resolver problemas nas comunidades rurais, equipando pessoas pobres com as habilidades e o conhecimento necessário para torná-las autossuficientes e sustentáveis. A Universidade Pés Descalços é a única no mundo, construída pelos “pobres”, para os pobres e gerida pelos pobres que ganham menos de U$ 1 por dia. O colégio segue o estilo de trabalho e estilo de vida de Mahatma Gandhi. Desde 1972, mais de 20 faculdades Barefoot foram criadas em mais de 13 estados indianos. Identificado pelo The Guardian, em janeiro de 2008, como um dos 50 ambientalistas no mundo que poderia ajudar a salvar o planeta e ,em abril de 2010, reconhecido pela revista Time Magazine’s como uma das 100 pessoas mais influentes no mundo, Bunker Roy, hoje compartilha suas experiências em palestras públicas gratuitas que realiza.

 

Ciência Tecnologia e Sociedade, Educação

Ciência, Tecnologia e Inovação

By SÉRGIO MASCARENHAS

Recentemente o Ministério de Ciência e Tecnologia passou a denominar-se Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. A mudança foi adequada? Embora o ministro anterior, um dos melhores do Brasil, Sérgio Machado Rezende, tivesse prestigiado fortemente a inovação – inclusive criando uma secretaria especial somente para ela, indicando para chefiá-la um grande cientista, Ronaldo Mota, que continua na função –, acho que a mudança do nome foi oportuna e gostaria de aproveitar para discutir o tema, da maior importância para o desenvolvimento não só da ciência e tecnologia, mas da educação em geral.
Para isso vou me valer de dois símbolos da sociedade global, Albert Einstein e Bill Gates, que ladeiam a figura de Janus, o único deus romano não copiado da mitologia grega, com seus dois instigantes e filosóficos olhares, um para o passado e outro para o futuro.
Começo pelo cenário da história da ciência e tecnologia: a convergência temporal das duas é a característica principal dos tempos atuais. Enquanto as leis da eletricidade e magnetismo, nas quais se baseia o funcionamento do motor elétrico, foram estabelecidas por Faraday e Maxwell, cerca de quatro décadas foram necessárias para o seu pleno desenvolvimento tecnológico. Mas o tempo entre a descoberta das ondas eletromagnéticas e suas aplicações já foi mais curto, apenas duas décadas. Entretanto, no mesmo ano em que o laser, essa fabulosa fonte de luz, foi inventado, já houve aplicações tecnológicas!
Hoje a característica de nossa era, o século 21, é a vida curta de produtos, processos e serviços, característica da economia globalizada, impulsionada pelos negócios que exigem competitividade acelerada. O cerne dessa convergência, a sua força motora, é a inovação tornada permanente, necessária, característica fundamental do dinamismo dessa interação entre ciência e tecnologia. Mas em nossa sociedade, ou melhor, na cultura brasileira, temos características de inovação?

Claro que temos, no futebol ou no carnaval certamente. Ocorre entretanto que os nossos jovens talentos não foram educados para a cultura dinâmica da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Uma razão óbvia pode ser encontrada por uma simples visão da nossa sociedade: campos de pelada em todo o Brasil, nas cidades, nas periferias , em qualquer esquina desocupada. O carnaval começa logo depois que acaba, pela continuidade das escolas e sociedades carnavalescas. Há até um sinergismo entre futebol e carnaval, quando torcidas como a Gaviões da Fiel são também transformadas em Escolas de Samba.
Mas nas escolas com “e” minúsculo, isto é, do sistema educacional, a ciência e a tecnologia são poucas, assim como a inovação, quer seja nos métodos, quer nos processos de ensino-aprendizagem. Estes somente recentemente despontam tímidos, numa infraestrutura de escolas de curto tempo, não a escola-parque sonhada por Anísio Teixeira, mas a escola mínima cartorial, da violência e bullying na sala de aula, sem tecnologia educacional moderna e com professores portadores do que chamo de “Síndrome dos Quatro Medos”: 1) medo do aluno; 2) medo do seu desamparo em técnicas e conteúdos didático-pedagógicos; 3) medo do conhecimento avassalador que jorra pela internet; e 4) medo de seu futuro social como carreira, desprezada que foi não somente pelo Estado, mas até pelos sistemas privados, que os escravizam com salários irrisórios e cargas didáticas intensas.

Mas nosso tema é a inovação! Como inovar num ambiente desses sem qualquer motivação, seja para Einsteins ou Bill Gates? Recentemente a Universidade Rockefeller recebeu o seu vigésimo-sexto Prêmio Nobel, desta vez em Medicina – uma única universidade em Nova York possui 26 prêmios Nobel! O Brasil não tem sequer um, nem mesmo em humanidades – a menos que se considere a Copa do Mundo ou os festejos carnavalescos equivalentes ao Nobel.
Falta mesmo é educação para CT&I – uma nova cultura diferente dessa que recebemos de nossos colonos machistas, escravagistas e exploradores de nossas riquezas naturais sem lhes agregar quaisquer inovações. Somente a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em tempos recentes acordou para essa visão e o fez pela CT&I, provando que sem Einsteins inovadores não teremos os Bill Gates empresariais, pelo menos em número e qualidade suficientes para inserção virtuosa no mundo globalizado.
Há tempos proponho uma rede de agências multimídia, associada a uma rede de centros e museus de ciências e tecnologia com centrais de produção nas cinco regiões do Brasil, para difusão da CT&I, tanto na educação como nas empresas, de tal forma que possamos sair desse atraso histórico. Quem sabe a angustiada solicitação da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por uma participação no pré-sal possa ser ouvida para essa finalidade?
Seria um grande momento na história do Brasil, mas esse apelo teria que ser ouvido no meio da gritaria dos Estados produtores e não produtores sem explicitações de missões como essa que discutimos em prol da CT&I na educação. Esperemos que, mesmo desprezada pelos ilustres senadores, a sugestão da ABC e SBPC possa ser atendida pela Câmara Federal, o que se constituiria numa decisão histórica tão importante como a da independência brasileira – desta vez dos grilhões do subdesenvolvimento.

Sérgio Mascarenhas é coordenador do Instituto de Estudos Avançados de São Carlos (IEASC) da USP; e-mail: sm@usp.br.

Fonte: Jornal da USP, publicado por admin – Wednesday, 18 January 2012.

Acesso à informação, Ciência Tecnologia e Sociedade

Vídeos sobre alimentação saudável

Alunos da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) produziram vídeos com mensagens relacionadas à educação nutricional.

A atividade faz parte do conteúdo da disciplina Educação Nutricional, ministrada por Ana Maria Cervato Mancuso e Ana Maria Dianezzi Gambardella, professoras do Departamento de Nutrição da FSP.

Os vídeos começaram a ser produzidos no início de 2008 em parceria com o Núcleo de Comunicação e Educação da USP e contaram com a participação do professor Ismar de Oliveira Soares e da jornalista Izabel Leão. Um dos vídeos, produzido em 2010, contou com o apoio dos coordenadores da disciplina de Telemedicina da FSP.

Uma parceria com a TV USP também resultou em duas séries de vídeos produzidos com apoio técnico e profissional da TV, que foram exibidos na grade de programação da USP no Canal Universitário.

Os vídeos “Redução do consumo de açúcar”, “A hora do lanche” e “Você lê o que você come?” podem ser vistos no YouTube.

Mais informações: jessica.dias@usp.br 

Fonte: Agência FAPESP, 06/01/2012

Ciência Tecnologia e Sociedade, Livros

Conhecimento em construção: campo de estudos multidisciplinar integra Ciência, Tecnologia e Sociedade

27/04/2011, Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – A relevância dos temas científicos e tecnológicos na determinação das condições de vida dos seres humanos levou à formação de um novo campo de pesquisas conhecido como Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS).

O livro Ciência, tecnologia e sociedade: desafios da construção do conhecimento, que acaba de ser lançado, tem como objetivo sintetizar o conhecimento sobre CTS adquirido por docentes, pesquisadores e alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Organizado por Wanda Hoffmann, professora do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar, o livro reúne ensaios sobre temáticas que envolvem diferentes perspectivas a respeito da CTS.

Segundo ela, docentes, pesquisadores e alunos da universidade foram motivados pela vontade de colaborar com a construção, o crescimento e o fortalecimento do campo. “O objetivo fundamental da obra foi trazer contribuições importantes para a CTS, reunindo uma diversidade de ideias, conceitos e argumentos”, disse à Agência FAPESP.

Hoffmann, que também é diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar, explica que, por abordar os temas relacionados à ciência, à tecnologia e à sociedade em diferentes contextos, esse campo de estudos em construção tem caráter essencialmente multidisciplinar, com interface com as diversas áreas de conhecimento.

“A CTS busca compreender e superar os desafios provocados pelas mudanças e transformações radicais e abrangentes que ocorreram na passagem do milênio, constituindo um emergente padrão social, econômico, político e cultural que colabora para o aumento das incertezas e indefinições”, afirmou.

Essa nova sociedade sofre influência da crescente intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos, que se caracterizam pela velocidade, pela confiabilidade e pelo baixo custo. O armazenamento e o processamento de grandes quantidades de informação, segundo ela, exercem papel central no processo de compreensão e relação da ciência, tecnologia e sociedade.

“Com novos conhecimentos e competências, com novos aparatos e tecnologias, surgem reflexões sobre os novos modos disponíveis de aprendizado, interação, pesquisa, produção, trabalho, consumo, diversão, exercício da cidadania e compartilhamento de bens coletivos”, afirmou.

Assim, segundo a professora, a capacidade de compreender e gerar ciência e tecnologia não é mais considerada um fenômeno neutro e automático, mas está associada a questões complexas e, às vezes, invisíveis. “O alcance, o desenho e os objetivos da produção científica e tecnológica foram reformulados e se tornaram mais dinâmicos, com foco no atendimento dos novos requisitos do ensino, pesquisa e desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Os autores dos ensaios presentes no livro fizeram parte dos grupos de pesquisa do programa de pós-graduação em CTS na UFSCar. “Eles pesquisam e abordam diferentes temáticas que envolvem a CTS e que poderiam contribuir para a disseminação da área à luz de diferentes olhares. O público-alvo do livro é composto por pesquisadores, docentes, estudantes, profissionais de organizações públicas e privadas que estão envolvidos direta e indiretamente com CTS”, afirmou.

Como o campo de estudos em CTS é muito abrangente, os ensaios foram agrupados em quatro seções, para possibilitar interpretações melhores e reflexões sobre cada realidade a ser analisada: “Educação e informação tecnológica”, “Gestão e empreendedorismo”, “Tecnologia, ambiente e sociedade” e “Ciência, sociedade e linguagem”.

“A seção ‘Educação e informação tecnológica’ aborda o movimento CTS enquanto campo de atividade de pesquisa acadêmica orientador de políticas públicas no contexto da educação. Remete também às tecnologias sociais que atendam aos interesses sociais e que são aplicadas para garantir o retorno para a sociedade em qualidade de vida e sustentabilidade”, disse Hoffmann.

A seção “Gestão e empreendedorismo” enfoca, com reflexões sobre a gestão da parceria pública-privada, a administração dos desafios envolvendo conhecimento, criatividade, inovação e sustentabilidade nas organizações. “Essa parte trata também da reflexão relacionada ao atendimento das crescentes necessidades da sociedade e requisitos governamentais em áreas altamente intensas em novas tecnologias, como o setor aeronáutico”, explicou.

Em “Tecnologia, ambiente e sociedade”, os ensaios tratam de políticas ambientais e do consumo sustentável. “São abordadas também discussões teóricas e práticas no contexto da ciência e tecnologia envolvendo diferentes perspectivas, como aquelas relacionadas ao agronegócio sustentável, à propriedade intelectual, às organizações de base tecnológica e aos empreendimentos coletivos solidários como as cooperativas”, disse a autora.

Na última seção, “Ciência, sociedade e linguagem”, está a ciência vista por meio da análise do discurso e das mensagens disseminadas em diferentes contextos e ambientes.

“A contribuição essencial do campo CTS consiste em refletir e compreender de forma integrada o mundo construído pelos seres humanos a partir da análise das diversas áreas de conhecimento, sem, contudo, perder a visão do todo”, disse.

  • Ciência, tecnologia e sociedade: desafios da construção do conhecimento

    Autor: Wanda Hoffmann

    Lançamento: 2011

    Preço: R$ 39

    Páginas: 313

Livro sintetiza conhecimento adquirido na UFSCar sobre novo campo de estudos multidisciplinar que integra Ciência, Tecnologia e Sociedade

Fonte: http://agencia.fapesp.br/13782

Acesso à informação, Agricultura, Agroecologia, Ciência Tecnologia e Sociedade, Direitos humanos, Segurança Alimentar, Segurança Nutricional, Sustentabilidade socioambiental

Arroz transgênico: entenda o que está em jogo…

Dentro de poucos dias o Brasil pode se tornar a cobaia do mundo, ao permitir o plantio e o consumo de arroz transgênico não aprovado em nenhum país.

O pedido da empresa alemã Bayer está praticamente pronto para ser votado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio. Trata-se do Arroz Liberty Link LL 62, resistente ao herbicida glufosinato de amônio (processo 01200.003386/2003-79). Neste caso, até os produtores e a Embrapa Arroz e Feijão estão contra. Parece que só a CTNBio está do lado da Bayer. Como vai se posicionar o governo LULA?

Arroz transgênico, Não!

Arroz com herbicida – riscos para a saúde

A modificação genética torna o arroz resistente ao herbicida de princípio ativo glufosinato de amônio e nome comercial Basta ou Finale (ambos da Bayer). Ou seja, não há nenhum benefício para o consumidor. Pelo contrário. Com a resistência ao agrotóxico, a pulverização se dará sobre toda a lavoura, inclusive sobre o próprio arroz, que não morrerá mas absorverá o veneno, que irá também para os grãos.

O glufosinto é considerado tóxico para mamíferos e por este motivo será proibido na União Europeia a partir de 2017 por determinação do Parlamento Europeu [1]. Pesquisadores japoneses mostraram que a substância pode dificultar o desenvolvimento e a atividade do cérebro humano, provocando convulsões em roedores e humanos [2].

A Bayer é a empresa que mais vende agrotóxicos no Brasil e sua aposta no arroz transgênico visa ampliar ainda mais esse mercado. A venda casada com o glufosinato reforça a posição do Brasil como principal destino de produtos tóxicos não mais aceitos em outros países [3].

Problemas agronômicos – a posição da Embrapa

Em audiência pública, o pesquisador Flávio Breseghello, da Embrapa Arroz e Feijão, apresentou a posição oficial “autorizada pela presidência”, frisando que a empresa não é contra os trangênicos e nem contra a modificação genética do arroz, mas que neste caso o produto da Bayer “agravará os problemas já existentes”. “Não devemos usar tecnologias que terão validade de poucas safras”, disse Breseghello.

O principal entrave técnico enfrentado pelos produtores de arroz é o controle do arroz vermelho, espécie ancestral do arroz comercial, que compete com a cultura. A preocupação é a constatação de que a planta transgênica inevitavelmente cruzará com sua parente vermelha, dando origem a arroz vermelho transgênico resistente a herbicida. O arroz vermelho pode germinar após mais de anos de dormência no solo. Segundo Breseguello, “a contaminação é irreversível” [4].

Problemas econômicos – a posição dos produtores

Na mesma audiência pública, os representantes dos produtores de arroz também manifestaram sua preocupação. Receiam perder mercado interno e externo caso a variedade seja liberada. “Considerando que não existe consumo corrente nem mercado global para o arroz transgênico, concluímos que a entidade não é favorável nesse momento à liberação”, disse Renato Caiaffo Rocha, em nome dos produtores reunidos na Farsul e na Federarroz e do Instituto Rio Grandense do Arroz – IRGA.

Contaminação inevitável

Mais de7 mil produtores de arroz processam a Bayer nos Estados Unidos por prejuízos sofridos pela contaminação de suas colheitas pelo arroz Liberty Link. A Justiça estadunidense já determinou o pagamento de mais de 50 milhões de dólares como indenização por danos materiais. A Justiça do estado de Arkansas determinou também indenização por danos morais por entender que houve má fé por parte da empresa [5].

Entre 1999 e 2001 a empresa realizou nos Estados Unidos testes de campo com o arroz modificado, mas não chegou a propor sua liberação comercial. A contaminação só foi descoberta cinco anos após a conclusão dos experimentos, quando o mercado europeu suspendeu as importações do produto. O Japão seguiu o mesmo caminho. Na ocasião, a empresa eximiu-se de qualquer responsabilidade pelo ocorrido, alegando tratar-se de “circunstâncias inevitáveis, ato de Deus e negligência dos agricultores” [6].

Recentemente, um repesentante da Bayer no Brasil afirmou que o problema não está na contaminação, mas sim no fato de ela não estar prevista e regulamentada pelas leis de biossegurança. Para André Abreu, enquanto permanecer um regime de intolerância (sic) em relação à contaminação, problemas como esse continuarão acontecendo [7].

Falta transparência

Muitos questionamentos foram apresentados por pesquisadores, produtores e representantes da sociedade civil na audiência publica realizada em março de 2009, mas até hoje nenhum deles foi respondido. Não se sabe, por exemplo, o que a empresa pretende fazer para evitar a contaminação do arroz comum nem qual o nível previsto de resíduo de agrotóxico no grão. A CTNBio nega acesso aos dados apresentados pela empresa. Essa falta de transparência é prejudicial à participação da sociedade, à biossegurança e à saúde pública.

Falta isenção – a avaliação pela CTNBio

Até hoje a CTNBio aprovou todos os pedidos a ela submetidos. Nunca recusou nenhum. Suas decisões ocorrem por maioria simples, isto é, 14 de 27 votos. Cabe destacar que é grande a controvérsia técnica dentro da própria Comissão. O melhor exemplo está no fato de que até hoje todas as aprovações tiveram votos contrários fundamentados dos ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário. Anvisa e Ibama apresentaram formalmente recursos técnicos contra as liberações dos milhos LL da Bayer, MON810 da Monsanto e Bt 11 da Syngenta, mas o governo Lula delegou à CTNBio a decisão. Pior para todos nós que teremos produtos contendo esses milhos transgênicos, apesar da discordância da ANVISA e do IBAMA.

A falta de imparcialidade começa pelo próprio presidente da Comissão, que ao assumir o cargo no início deste ano já se declarou favorável à liberação do arroz transgênico [8], contra a rotulagem dos produtos [9] e a favor da exclusão do monitoramento dos impactos à saúde dos transgênicos. Antes de ser presidente, para defender a soja transgênica da Monsanto, Edílson Paiva, falando do glifosato usado na soja da Monsanto, chegou a dizer que os “humanos poderiam até beber e não morrer porque não temos a via metabólica das plantas” [10].

Alterações genéticas imprevistas

O método de transformação utilizado para o arroz Liberty Link foi o da aceleração de partículas (biolística). A biolística é um método de transferência direta que consiste em projetar transgenes dentro das células alvo através de partículas de ouro ou tungstênio cobertos com moléculas de DNA recombinante (transgenes) aceleradas por um sistema de propulsão por hélio. Neste método, há total descontrole do local da inserção dos transgenes nas células e genoma vegetal. O transgene pode tanto ser inserido no genoma nuclear quanto no DNA de organelas. Além disso, o número de transgenes também não é controlado. Várias partículas podem integrar-se no genoma e em diferentes lugares. Finalmente, a integridade do transgene (sua sequência genética) também pode não ser mantida, ou seja, o transgene pode integrar-se no genoma de forma truncada, com deleções ou ainda com inserções de fragmentos de DNA da própria célula entre os transgenes.

No caso do arroz LL, nenhum estudo cientificamente robusto foi apresentado pela proponente a fim de confirmar o que foi inserido. Isto significa que sequer temos a certeza do que foi inserido, muito menos das conseqüências.

Durante a audiência pública, um participante mencionou a possibilidade de ter ocorrido deleção de um nucleotídio (Adenina) no local de regulação da expressão da proteína que confere a tolerância ao herbicida glufosinato de amônio. Posteriormente à audiência, a empresa admitiu a deleção, afirmando haver a alteração de um aminoácido na proteína. Essa alteração significa que a proteína produzida pelo arroz difere daquela produzida naturalmente pela bactéria Streptomyces, doadora do gene. No entanto, nenhum estudo foi apresentado a fim de investigar possíveis efeitos adversos na saúde humana e meio ambiente resultantes dessa alteração não intencional.

Ou seja, além da incerteza do que foi realmente inserido, ignora-se uma alteração genética detectada, mas não esperada. A proteína não perdeu a sua função de conferir a tolerância ao herbicida, mas pode gerar riscos não analisados.

A decisão está nas mãos do governo Lula

A Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05) criou uma instância acima da CTNBio, o Conselho Nacional de Biossegurança, formado por 11 ministros e presidido pela Ministra Dilma Rousseff. O CNBS tem o poder de dar a última palavra em relação a uma liberação comercial de transgênico no país. Até o momento, a atuação do CNBS foi lamentável: deu razão à CTNBio e autorizou a liberação dos três milhos transgênicos que a ANVISA e o IBAMA recomendaram que não fossem autorizados.

A liberação do arroz LL tem também implicações econômicas bem graves, estando as principais entidades representativas dos produtores contra (Farsul, Federarroz e Instituto Rio Grandense do Arroz – IRGA). Como vai se posicionar o governo Lula: a favor da Bayer ou do Brasil?

Assinam este documento:

AAO Associação de Agricultura Orgânica

ABRANDH – Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos

ACAN Associação Catarinense de Nutrição

AEPAC Associação Estadual dos Pequenos Agricultores Catarinenses

ANA Articulação Nacional de Agroecologia

ANAC – Associação Nacional de Agricultura Camponesa

ANPA Associação Nacional dos Pequenos Agricultores

APA-TO Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins

APPA Associação Paranaense de Pequenos Agricultores

ARPA Associação Riograndense de Pequenos Agricultores

AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia

CESE Coordenadoria Ecumênica de Serviço

Cooperfumos Cooperativa Mista de Fumicultores do Brasil Ltda.

CONESAN-GO – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Goiás

CONSEA-SC Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina

CPC-PR Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa do Paraná Ltda.

CPC-RS Cooperativa Mista de Comercialização Camponesa do Rio Grande do Sul Ltda.

CPT Comissão Pastoral da Terra

FASE – Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional

FBSSAN Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional

FEAB Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil

FESANS-MS Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Mato Grosso do Sul

FNECDC Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor FOSAN-ES – Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional do Espírito Santo

IDEC Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

Instituto Cultural Padre Josimo

MAB Movimento dos Atingidos por Barragens

MMC Movimento de Mulheres Camponesas

MPA Movimento dos Pequenos Agricultores

MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Plataforma Dhesca Relatoria de Direito Humano à terra, território e alimentação

PJR Pastoral da Juventude Rural

RECID-GO Rede de Educação Cidadã de Goiás

Terra de Direitos

Via Campesiana.

Notas:

[1] EU Environment Ministers Keep Bans on Transgenic Maize. Environment News Service (ENS). http://www.ens-newswire.com/ens/mar2009/2009-03-02-01.asp

[2] Nobuko Matsumura, Chizuko Takeuchi, Keiichi Hishikawa,Tomoko Fujii, Toshio Nakaki. Glufosinate ammonium induces convulsion through N-methyl-d-aspartate receptors in mice. Neuroscience Letters 304 (2001) 123-125.

[3] Brasil é o principal destino de agrotóxico banido no exterior. O Estado de São Paulo, 30 de maio de 2010.

[4] A transcrição da audiência pública realizada em 18 de março de 2009 está disponível na página eletrônica da CTNBio, no endereço http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/13289.html

[5] Bayer ordered to pay farmer $1 million is tab for modified rice. Arkansas Democrat-Gazette, 10/03/2010. http://www.allbusiness.com/legal/torts-damages/14079681-1.html ;

Bayer to pay $1.5 mln in 2nd lawsuit over GM rice, Reuters, 05 de fevereiro de 2010. http://www.reuters.com/article/idUSLDE61421W20100205 e GM rice litigation: defense. Delta Farm Press, 04 de maio de 2010. http://deltafarmpress.com/rice/gm-rice-litigation-defense-0504/

[6] Firm Blames Farmers, ‘Act of God’ for Rice Contamination. Washington Post, 22 de novembro de 2006.

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/11/21/AR2006112101265.html

[7] Mesa redonda sobre arroz transgênico. CTNBio, 19 de maio de 2010, Brasília.

[8] Novo presidente da CTNBio defende arroz transgênico. O Estado de São Paulo, 11 de fevereiro de 2010. http://www.estadao.com.br/noticias/geral,novo-presidente-da-ctnbio-defende-arroz-transgenico,509722,0.htm

[9] Novo presidente da CTNBio se diz contra rotular transgênico. Folha de São Paulo, 11 de fevereiro de 2010. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u692636.shtml

[10] Avanço da soja transgênica amplia uso de glifosato. Valor Econômico, 24 de abril de 2007.

Fonte: ASPTA.

Faça download do arquivo completo em pdf: http://www.aspta.org.br/por-um-brasil-livre-de-transgenicos/documentos/arroz-transgenico-2013-entenda-o-que-esta-em-jogo/2010-06-21.4189071058/download

Ciência Tecnologia e Sociedade, Mulher na Ciência, Questões de Gênero

I Simpósio “A População Negra na Ciência e Tecnologia” – Gratuito e aberto ao público!

O I Simpósio “A População Negra na Ciência e Tecnologia” visa incentivar a reflexão sobre a participação da população negra no universo acadêmico, promover trabalhos científicos voltados para a promoção do desenvolvimento e da equidade social e apontar ações para o futuro da população negra no cenário cientifico e tecnológico brasileiro.

Apresentação

A População Negra na Ciência e Tecnologia

A política científica e tecnológica brasileira afirma, dentre outras coisas, que destina-se à formação de recursos humanos para engendrar o pensamento científico e o desenvolvimento tecnológico do país.

Parte do potencial humano brasileiro, no entanto, não está representada nesse contexto: a população negra. Essa exclusão nega a própria função da política científica nacional. Por esse motivo, o I Simpósio: a população negra na Ciência e Tecnologia visa incentivar a reflexão sobre a participação da população negra no universo acadêmico, promover trabalhos científicos voltados para a promoção do desenvolvimento e da equidade social e apontar ações para o futuro da população negra no cenário cientifico e tecnológico brasileiro.

O Simpósio será aberto àqueles que de alguma forma se identifiquem com o tema e contemplará todas as áreas do conhecimento cientifico nos níveis de graduação e pós –graduação. Serão realizadas mesas redondas, palestras e apresentação de trabalhos científicos.

Programação disponível em: http://www.usp.br/lafac/simposio/

Maiores Informações: SEPPIR: (061) 3411-3653 / LAFAC: (019) 3565-4272 – simposio@fzea.usp.br

Isimpósio
I Simpósio População Negra na C&T
Acessibilidade, Ciência Tecnologia e Sociedade, Direitos humanos, TICs

Problema: Pessoas Com Deficiência Desaparecidas – Como Encontrá-las? – Cidade Democrática

Segundo dados do IBGE, em 2006 havia 24,5 milhões de pessoas com deficiência no Brasil.
Hoje devemos ter aproximadamente 26 milhões de pessoas nessa condição.
Sabemos que todos tem o direito a uma vida digna, com direito ao trabalho, saúde, educação, direito de ir e vir, com autonomia e independência.
Pessoas com algum tipo de deficiência mental não costumam sair de casa, sem a companhia
de alguém. Quando saem e desaparecem, como fazer para encontrá-las?
Proponho que seja criada uma tecnologia social capaz de identificar dados pessoais e localização via GPS desses cidadãos. Talvez, um chip eletrônico com sinal de idenficação que permita a mobilidade dessas pessoas.

Se você apóia esta proposta, participe da CIDADE DEMOCRÁTICA:

http://www.cidadedemocratica.org.br

Problema: Pessoas Com Deficiência Desaparecidas – Como Encontrá-las? – Cidade Democrática.

Ciência Tecnologia e Sociedade, Tecnologia Social, Terceiro Setor

Você sabe o que é tecnologia social?

Tecnologia Social é um conjunto de técnicas e metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida.

Este conceito é resultado de um trabalho coletivo, que contou com a participação de mais de 80 instituições, entre movimentos e organizações da sociedade civil, órgãos do poder público e entidades de ensino e pesquisa. A metodologia utilizada combinou pesquisa sobre os usos do termo Tecnologia Social, mapeamento de experiências de Tecnologia Social no Brasil e encontros para discutir as práticas das organizações da sociedade civil. Saiba mais sobre este assunto, consultando:

* Para entender a tecnologia social: uma viagem pelo Brasil – cartilha
http://www.itsbrasil.org.br/publicacoes/cartilhas/para-entender-tecnologia-social-uma-viagem-pelo-brasil

* Tecnologia social e Cidadania – vídeo
http://www.itsbrasil.org.br/infoteca/itsbrasil/tecnologia-social-e-cidadania

* Caderno Série Conhecimento e Cidadania – Tecnologia social – caderno

http://www.itsbrasil.org.br/publicacoes/caderno/caderno-serie-conhecimento-e-cidadania-tecnologia-social

Informações adicionais:

* Participe das discussões prévias da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizada em Maio de 2010. Acesse: http://www.ctids.org.br/

Apropriação de saberes, Ciência da Informação, Ciência Tecnologia e Sociedade, Direitos humanos, Educação, Infoeducação, Tecnologia Social, Terceiro Setor

Tecnologias sociais: dispositivos informacionais significativos para a reinvenção do cotidiano

Informamos a todos os usuários da Clínica de Texto que novo título foi adicionado em RABCI – Repositório Acadêmico de Biblioteconomia e Ciência da Informação, intitulado:

Tecnologias sociais: dispositivos informacionais significativos para a reinvenção do cotidiano

Autor: SANTOS, Edison Luís dos.

Disponível para download em: http://rabci.org/rabci/node/383

Resumo:

A separação entre ‘fazer’ e ‘pensar’ constitui-se numa das doenças que caracterizam a delinquência acadêmica; a análise e discussão dos problemas relevantes do país constituem um ato político, uma forma de ação, inerente à responsabilidade social do intelectual. A valorização do que seja um homem culto está estritamente vinculada a seu valor na defesa de valores de cidadania essenciais, ao seu exemplo revelado não pelo seu discurso, mas por sua existência e ação.” (Maurício Tragtenberg)

Trata dos processos de expropriação sociocultural, vigentes no Brasil desde o período colonial, e os ainda persistentes nos dias atuais. As reflexões do capítulo I discutem o processo histórico de colonização e deculturação dos povos nativos, promovido pela “catequese nas tabas”. O capítulo II aborda os efeitos do globalismo na contemporaneidade com o avanço dos meios-técnicos-científicos-informacionais: o fenômeno de favelização das grandes cidades globais, a expropriação do “asfalto”, a expropriação da voz e de espaços tradicionais. Enfatiza-se que o capital imobiliário e a indústria do turismo ameaçam o patrimônio imaterial caiçara (herança cultural formada por tradições orais, modos de vida e modos de fazer, equilíbrio homem-natureza, ciclos familiar e festivo, artesanato e medicinas tradicionais). O capítulo III estuda as relações entre Informação, Ciência, Tecnologia e Sociedade, com destaque para o papel da sociedade civil e do terceiro setor que, desde o movimento de resistência ao regime militar, apresentam formas diversas de mobilização e teias de solidariedade, responsáveis por importantes conquistas no campo da cidadania e garantia dos direitos fundamentais. O capítulo IV descreve os processos de construção de valores socioculturais embutidos na produção e uso de tecnologias sociais, visando à apropriação do saber pelos atores sociais que dela participam; o papel tecnologias sociais que atuam como dispositivos informacionais nos processos de apropriação da informação e construção de novos saberes e de que modo tais dispositivos podem ampliar a “inteligência coletiva” e o protagonismo cultural dos sujeitos no processo de reinvenção do cotidiano.

Palavras-chave: Expropriação – Brasil, Informação – globalismo, Ciência Tecnologia e Sociedade – Brasil, Tecnologias Sociais, Dispositivos informacionais, Educação, Protagonismo sociocultural, Terceiro Setor.

Arte, Ciência Tecnologia e Sociedade, Educação

A arte se aproxima da ciência e da tecnologia para alterar a produção cultural contemporânea

Arte, ciência e tecnologia: passado, presente e desafios, lançamento da Editora Unesp em parceria com o Itaú Cultural, é o resultado do esforço coletivo de especialistas internacionais em muitas disciplinas, atuantes em variados campos de conhecimento. Atendendo ao convite recebido para realizar uma publicação no Brasil, somada a outras publicações internacionais, em diversos formatos de textos e material multimídia e em línguas diversas, eles trabalham com foco histórico na relação entre arte, ciência e tecnologia.

A antologia inclui convidados especiais que são referência histórica da relação entre arte, ciência e tecnologia no Brasil. O objetivo é colocar na história da arte, em nosso país, os elementos necessários e as estratégias que configuram as teorias desse campo de conhecimento, bem como artistas, instituições, tipos de documentação, a relação com os espaços de exposição/museus e coleções, metodologias adequadas ao estudo, especialmente pelas abordagens historiográficas, discussão de problemas científicos e as influências recíprocas nas trocas entre arte, ciência e tecnologia.

Os textos chamam a atenção para a necessidade urgente de se documentar estas novas práticas criativas, assim como fornecer plataformas teóricas para discuti-las e analisá-las. E estes pesquisadores, criadores e estudiosos na área de artemídia, referências históricas da relação arte, ciência e tecnologia, também observam o movimento inverso, de engenheiros e cientistas envolvidos na expressão cultural contemporânea. E não apenas os sistemas digitais, mas também campos como nanotecnologia, engenharia genética e exploração espacial são apropriados culturalmente.

Sobre a organizadora

Diana Maria Gallicchio Domingues é pós-doutora pelo ATI – Art & Technologies de l´Image, Université Paris VIII e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Artista, pesquisadora nível 1 CNPq, professora colaboradora na Universidade de Brasília , Programa de Pós-Graduação em Arte – Linha de pesquisa Arte e Tecnologia – Laboratório de pesquisa em Arte e Realidade Virtual. Entre os livros publicados pela Editora Unesp estão: Arte e vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade (2003) e A arte no século XXI: a humanização das tecnologias (1997).

Título: Arte, ciência e tecnologia: passado, presente e desafios
Organizadora: Diana Maria Gallicchio Domingues
Páginas: 570
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 59,00
ISBN: 978-85-7139-895-5
Data de publicação: 2009

Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo telefone (11) 3107-2623 ou pelos sites: www.editoraunesp.com.br ou www.livrariaunesp.com.br

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